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História da CVP em Esposende


1985/2011
Segundo dados históricos a Cruz Vermelha Portuguesa surgiu, neste concelho, em 22 de Junho de 1918 e por nomeação da Câmara Municipal como “Representante da Comissão Central da Sociedade Portuguesa da Cruz Vermelha”.
Após três anos o Governo da República conferiu-lhe em 21 de Maio de 1921 a
“Cruz Vermelha da Dedicação pelos serviços prestados á Comunidade”.

Em 21 Maio de 1979, foi constituída uma “Comissão Interina Administrativa com vista á dinamização dos serviços inerentes à Cruz Vermelha”.
Mais tarde, foi convidado, para presidir à Direcção de um Núcleo da C.V.P, António Martins de Oliveira, que aceitou o cargo e dele tomou posse em 05 de Agosto de 1985 iniciando, desde logo, a necessária actividade para o desenvolvimento da Instituição, em Esposende.

Assim, arrendou-se parte de um imóvel sito no Largo Rodrigues Sampaio afim de ali se iniciar a prestação de serviços médicos pois, nessa altura, era precário o apoio clínico no Concelho de Esposende.

Conseguido que foi um acordo com alguns médicos de Clínica Geral para exercerem nas instalações arrendadas a sua actividade e, também, em visitas a algumas fábricas do concelho para nelas prestarem serviços que mais tarde denominar-se-iam de Medicina no Trabalho, assim, foi alargada a intervenção ao Núcleo que passou a dispor de:

- 4 Médicos de Clínica Geral
- 1 Médico Oftalmologista
- 1 Enfermeira
- 1 Empregada para expediente
Pelos serviços dos médicos e enfermagem o Núcleo cobrava às empresas uma importância mensal e aos utentes dos seus serviços. Esta receita servia para pagar aos clínicos os serviços efectuados e para cobrir gastos inerentes à exploração.

Note-se que, posteriormente, o Núcleo deixou de ter aqueles primeiros médicos pois, eles, em dada altura e por abertura de contratos com o Estado, optaram por trabalhar em Centros de Saúde; esta situação obrigou o Núcleo a criar novas formas de acção pois as receitas de oftalmologia e de Enfermagem não garantiam montante suficiente para a existência e projectos formulados.

Em 1 de Novembro de 1990, alterou-se a denominação de Núcleo de Esposende para Núcleo de Esposende - Marinhas já que, entretanto se criaram voluntários para uma Unidade da C.V.P de Socorros.
Em 08 de Dezembro do mesmo ano juraram bandeira os voluntários que iam servir a respectiva Unidade de Socorros; esta foi instalada em parte de um edifício da Junta de Freguesia.

Algum tempo depois teve lugar um peditório público, com vista a angariar fundos para aquisição de uma ambulância, o que foi conseguido, tendo esses sido entregues, bem como a viatura a Marinhas.

Em face disto, foi formulado à Câmara Municipal, pela Direcção do Núcleo de Esposende um pedido de cedência de uma parte vaga da Escola Primária de Marinhas para nela se instalar a Unidade de Socorros Esposende - Marinhas.
A Câmara Municipal, através do Presidente dessa altura Sr. Alberto Figueiredo, respondeu afirmativamente a essa solicitação, pelo que a U.S e aforam ambulâncias transferida para Marinhas e havendo no local para a sua recolha, chegou-se a conclusão que, sendo a quase totalidade dos voluntários moradores nesta última freguesia, seria conveniente criar ali um outro Núcleo, independente que fosse constituído, unicamente, por uma Unidade de Socorros que trabalhasse sempre em estreita colaboração com o Núcleo de Esposende.

Isso levou a que em 4 de Fevereiro de 1993 se procedesse à separação dos Núcleos e das respectivas funções ficando, por isso, a existir o primeiro como Policlínica e o segundo como Unidade de Socorros.
Para que se objectivasse, de imediato, tal separação, sem prejuízo da divisão acordada quanto aos serviços de cada qual e por ambos aceites, o Núcleo de Esposende entregou ao de Marinhas a ambulância que havia adquirido recentemente e, ainda, a importância de Esc.800.000$00- oitocentos mil escudos - conseguida através de peditórios realizados também por elementos dessa freguesia.

Depois em 17 de Maio de 1997 e após as eleições para os corpos Directivo e Consultivo do Núcleo de Esposende, foi reconduzido como seu Presidente o Dr. António Martins de Oliveira e, logo a seguir, em 25 de Outubro, este Núcleo passou a ter instalações próprias; no centro da cidade, passados cerca de dois anos, em 23 do mês Outubro de 1999, foi inaugurada um segundo corpo de instalações para novos serviços em fracção situada defronte da anteriormente adquirida e na mesma artéria. O Núcleo desenvolveu, ainda mais, a sua actividade na área da Saúde, conseguindo e, também, dar uma melhor resposta social ao entregar bens alimentares e vestuário a famílias carenciadas do concelho.

Mais tarde, e mercê das eleições de 29 de Abril de 2000, em 20 de Maio seguinte, tomou posse a nova Direcção tendo novamente como Presidente o Dr. António Martins de Oliveira embora com alterações na Direcção e no Conselho Consultivo.
Logo a seguir, em Abril, foi adquirida uma outra fracção, esta contígua à primeira que fora adquirida e, assim, foi possível alargar o espaço e os serviços da Policlínica.

Então, este Núcleo passou a dispor de três fracções, podendo, assim, responder melhor às necessidades médicas, paramédicas e de enfermagem.

Registe-se que este Núcleo, até esta data, nunca teve, qualquer viatura e as deslocações eventuais de elementos directivos foi, e é, sempre feito em meios de alguns membros directivos o que continua a acontecer ao longo de mais de vinte anos de voluntariado!

É de notar, ainda, que as instalações deste Núcleo estão aprovadas e certificadas oficialmente.
Em 2007 foram alterados os Estatutos da Cruz Vermelha Portuguesa, passando o Núcleo de Esposende a denominar-se Delegação de Esposende.

Durante o ano de 2008, no âmbito do projecto Causa Maior, foram realizados quinze rastreios, um em cada freguesia do concelho, feitas várias visitas aos Centros de Dia Locais bem como mais de vinte visitas domiciliárias em tentativa de combater a exclusão social.

Mais tarde e mercê desse projecto, iniciámos o “Apoio ao Domicilio”, com serviços de Enfermagem e de Higiene.
Em Dezembro de 2008, arrendou-se uma loja com cerca de 100 m 2, no qual se criou um “Centro Social de Apoio”, para distribuição de roupas, brinquedos, equipamentos domésticos, mobílias e bens alimentares, todos provenientes de ofertas, peditórios e recolhas directas efectuada por esta Delegação. Até essa altura esses bens eram armazenados, e trabalhados, numa garagem; posteriormente procedeu-se á sua distribuição por famílias carenciadas. Durante estes dois últimos anos foram ajudadas mais de duzentas famílias, sendo que 10% delas foram para nós encaminhadas pelos Serviços Sociais da Câmara Municipal. Foram entregues ainda, por esta Delegação, uma cadeira de rodas eléctrica, uma cadeira de rodas normal e uma cama articulada no âmbito de campanhas realizadas por voluntários.

Em Março de 2009 voltou a ser eleito Dr. António Martins de Oliveira para presidir à Direcção da Delegação de Esposende, desta mesma Instituição.
Em Novembro 2009, arrendaram-se, três lojas na freguesia de Apúlia, nas quais foi instalada a “Extensão de Apúlia” da Delegação de Esposende, esta já conta com a colaboração mais de vinte Médicos de várias especialidades, Serviço de Enfermagem e de Análises Clínicas, talvez estas muito em breve.

Durante este ano 2010, no âmbito do projecto causa Maior, entregámos vários cabazes de bens alimentares a famílias carenciadas, efectuadas várias palestras sobre doenças que afectam as pessoas de Idade Maior e entregues equipamentos ortopédicos.

Em Junho do mesmo ano, arrendou-se em Apúlia uma loja com 50 m2 na qual instalámos o “Centro de Apoio Social”, para ali se guardarem roupas, calçado e bens alimentares antes de entregues.
Actualmente, esta Delegação Esposende já contabiliza mais de 120.000 serviços prestados, durante estes 25 anos nas várias áreas de intervenção:

Consultas de Clínica Geral
Especialidade
Análises Clínicas
Enfermagem
Apoio Domiciliário
Apoio Social
Conta já com a colaboração de 40 médicos em regime livre, 5 Enfermeiros, 5 colaboradoras, estas com vínculo, e 15 voluntários.

É de realçar, que toda a verba utilizada nas actividades e ajudas sociais desta Delegação são provenientes de receitas próprias através de Serviços Prestados por esta Delegação – Policlínica e de uma espécie de taxa moderadora cobrada aos utentes.

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